terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Nada é o que parece.

Acordo e olho à minha volta e não sei quem sou nem onde estou, porque nada deveria ser assim. Por onde andam os sonhos de criança, as minhas expectativas de adolescente ? Deixei-os na estrada da vida, e não encontrei o caminho certo, ou então não havia caminho certo, não existe e a vida é isto, sonhar e depois deixar de sonhar para sempre viver com a realidade nos braços. Deve ser por isso que gosto de histórias com um final feliz.
Os dias trazem de volta o cheiro e a marca de outros tempos e as recordações do que devia ser e nunca foi. Será possível viver uma vida inteira adiada? Sentir que estamos a representar um papel no palco do universo que não é o nosso? Que não era isto que devíamos fazer e ser? A vida é o que é. Os dias perfazem semanas, as semanas meses e os meses anos, e não existe nada mais do que isto. Isto e o levantar de manhã e fazer o que é suposto. E aprender que não se pode esperar nada de ninguém. Onde ficou aquela menina que um dia fui e que acreditei ter o futuro na palma da mão? Se a virem, avisem-na de que eu estou aqui.

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