quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Tesouro da Humanidade.


Museu do Cairo
Este museu guarda preciosos tesouros de uma civilização com cerca 5000 anos de história.
Destaco, a título de exemplo, o trono esculpido de Tutankhamon, com embutidos de ouro e ébano. Uma peça de uma beleza extraordinária, uma preciosidade.
A majestosa esfinge, em Gizé, nos subúrdios do Cairo.


Da Mesquita de Mohammed Ali, tem-se uma panorâmica sobre a cidade do Cairo.

Ao fim da tarde, num bairro tipico do Cairo, vende-se água a quem passa e debaixo de um calor torrido.

   O Cairo, a capital do Egipto é uma das cidades mais populosas do mundo e desigandamente, a mais popolusa de África. Atravessada pelo rio Nilo. Uma cidade de contrastes acentuados entre zonas modernas, como a Torre do Cairo, com 185 m de altura, oferece a melhor vista sobre a cidade. Neste panorama do centro moderno vêem-se felucas, embarcações típicas, a deslizar no Nilo, tal como há milhares de anos.
O Museu do Cairo, encontram-se a maior colecção do mundo de objectos arqueológicos do Antigo Egipto. Espero que os recentes acontecimentos neste país, não tenham danificado tais preciosidades. Local de visita obrigatória, assím que a situação actual do país o permita. No entanto, prepare-se para longas filas para entar no museu e não se esqueça de um leque e uma garrafa de água enquanto circula no interior do museu. Pois, o calor é imenso, não existe ar condicionado, mas existe um número elevado de pessoas acompanhadas pelos seus respectivos guias. O indíviduo sente-se um "ente" bastante minúsculo no meio de tanta gente de diversas nacionalidades e sobretudo ao contemplar tamanhas obras de arte. Dá-nos a ideia que entramos numa máquina do tempo e somos transportados para uma civilização muito antiga e distante da nossa , mas com um elevado grau de conhecimento. Enfim, sentime-nos muito pequenos.
O Cairo, é uma cidade de contrástes, desde bairros onde impera a arquitectura moderna versus zonas completamente desprovidas de qualquer ordenamento do território, onde os prédios apenas crescem ao sabor de tudo e de nada, os famosos bairros cheios de cúpulas e minaretes, onde se encontram as mesquitas até ao famoso Cemitério dos Vivos. Tudo isto coexiste, com cores, sabores e cheiros característicos.
 Considerei muito engraçado, um costume daquele povo. A partir de quinta à tarde não se trabalha, sexta  e sábado também não. Iniciam a semana de trabalho ao domingo. Durante os dias que não trabalham, à noite, as famílias reunem-se junto ao rio Nilo, em qualquer espaço disponível, em cima das pontes que dão acesso às duas margens da cidade, nas bermas das estradas ou avenidas.  Assím, trazem cadeiras , mesas e comida, o dito farnel, para jantarem na rua. Um piquenique com cheiro a especiarias. São costumes! 
No rio Nilo, encontram-se barcos com restaurante a bordo e espectáculos musicais, para quem queira e possa  embarcar. Pode fazer um mini cruzeiro sobre o Nilo. Verdadeiramente deslumbrante!
Na base da sociedade egípcia está uma grande fé religiosa. O Islão é a religião oficial definida na Constituição, e a maioria da população é islamita sunita. Apenas dez por cento da população é cristã, sobretudo da Igreja Copta. Contudo, se disser a um egípcio seja qual for a sua fé, "até amanhã", a resposta será invariavelmente a mesma: Insballab, que significa " se Deus quiser".
 Decidi, hoje falar um pouco sobre o Cairo, dado aos recentes acontecimentos a que todos nós assistimos diáriamente, através dos órgãos de comunicação social. A revolta de um povo, com milhares de anos de história, que protesta contra as suas actuais condições sociais. Uma população essencialmente jovem e culta, mas sem perspectivas de um futuro melhor. Oxalá consigam aquilo que pretendem e que consigam ao mesmo tempo preservar uma herança cultural, considerada o Tesouro da Humanidade.