Vicent Van Gog
O homem sempre procurou saber o que é Deus. Várias definições encontramos ao longo da história da humanidade.
São Tomás de Aquino persistiu à volta desta questão. Para este autor, não sabemos o que realmente Deus em si é. Deus e a ressurreição são mistérios radicais que ultrapassam o horizonte e as possibilidades do que nossa experiência, a nossa linguagem, a nossa lógica e a nossa imaginação conseguem entender.
Talvez por essa razão, que uma das máximas a que se atribui a S. Tomás de Aquino diz, creio para compreender e compreendo para crer.
Não obstante, neste período pascal, foi minha companhia o livro de Tomás Halík, O Meu Deus É Um Deus Ferido. Ao ler o livro, encontrei uma definição de Deus, do autor Weclawski e que considero interessante partilhá-la.
"Deus é invisível para nós, tal como invisível é o futuro. O futuro espera por nós e vem ininterruptamente ao nosso encontro, mas - enquanto permanece futuro - não se deixa observar. O futuro só se deixa vislumbrar quando se torna o nosso presente - e, além disso, só em nós mesmos e na nossa história. Deus também só se torna visível, ao tornar-se presença humana. Todavia, mesmo então, não é visível como Deus, mas apenas como homem e uma história humana - na vida, na morte, na ressurreição de Jesus Cristo e em tudo o que lhe é inerente."
Continua, Tomás Halik, Deus, como Ele é para si e «em si», permanece para sempre um mistério, acessível somente à fé e à esperança, e, portanto, igualmente à mercê da dúvida.