domingo, 27 de novembro de 2011

Fado Património da Humanidade!



     Mariza - Gente da Minha Terra

 Não sei se foi por vontade de Deus.  Não sei se foi por uma força estranha de vida. No entanto, o Homem sonha e a obra nasce. Assím, hoje O Fado,  foi reconhecido e homenageado  pela Unesco, como Património  Imaterial da  Humanidade. 
Na verdade, foi na Indonésia em Bali  que foi palco deste reconhecimento, das sete candidaturas, a mais bem elaborada, e correspondendo aos cinco critérios. A carolice e o acreditar de um grupo de Portugueses amantes do Fado. Quero destacar, Carlos de Carmo, que encabeçou este grupo de pessoas muito reduzido e que laboriosamente fizeram nascer a obra e elevá-la a Património Mundial, com muita dedicação. Bem hajam! 
Agora, o Fado, ombreia de igual para igual com a Ópera.
Pensa-se que o Fado, nasceu no seio do povo e foi este que lhe deu alma e corpo ao longo dos tempos. Poderia falar de imensos fadistas, desde da Amália até Alfredo Marceneiro , mas decidi pensar no futuro  e por essa razão deixo aqui um testemunho, Mariza, a nova Diva do fado português. Também ela, embaixadora desta canção pelos sete cantos do mundo, que fala de emoções vividas por um povo com nove séculos de história, que se chama Português  da qual se destaca, a Saudade. 
Deixo uma sugestão, criar escolas de Fado, pois este deixou a condição de amador para assumir uma responsabilidade perante o Mundo. 
Parabéns Portugal! 

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Amizade.

Muito se tem falado e escrito sobre a temática, da Amizade.
Para, Francesco Alberoni, o amigo é, por definição, aquele que não se comporta de modo mesquinho para connosco. Um amigo nunca dirá mal de nós nem permiterá que outros o façam, nem participará em reuniões em que outros digam mal de nós.
Na amizade não há lugar para a superioridade e para o poder, nem para o mísero poder quotidiano, nem mesmo para a  mais pequena maldade. Os amigos são magnânimos um para o outro. Institivamente expulsam tudo aquilo que possa perturbar esta grandeza. O encontro com o amigo, portanto, interrompe a trama compacta e aviltante da vida quotidiana. É um momento de paz e de serenidade olímpica, acima das intrigas e dos complôs.
Um amigo vê aquilo que somos e ajuda-nos a sermos nós próprios. Os outros ficam indiferentes. Têm coração frio e, por isso, não vêem nunca o que somos na realidade. Aquilo que dá à amizade o seu caráter desinteressado e sublime é o facto de que o amigo reconhece e dá valor até às nossas virtudes que não servem para nada.
Quais são os inimigos da amizade?
A inveja, a ambivalência, a mentira, o poder, o egoísmo, a assunção por parte de um a mania de superioridade em relação ao outro, o ciúme,  a intriga e a maldicência. Mas não são únicos. Na vida de todos os dias são também verdadeiros inimigos da amizade as grandes estruturas sociais baseadas no interesse.
Haverá espaço numa relação de amizade para magoar o amigo?
Neste contexto, deverá ser analisada a seguintes questões. O que levou um amigo a magoar o outro? Terá sido intencional? Ou apenas, uma palavra ou frase inreflectida e por consequentemente não sentida?
Se foi intencional deverá ter sido, sempre numa perspectiva construtiva, ou seja, para cimentar ainda mais a relação de amizade. Se foi uma palavra ou frase inreflectida ou infeliz, que se dê a oportunidade à pessoa de se esclarecer e justificar.  Pois, quem não têm maus dias ou momentos infelizes na forma de se expressar que atire a primeira pedra.
Não obstante, o que não se pode permitir é que no ato de magoar o amigo, teve como causa ou origem a intriga, as opiniões e julgamentos de terceiros a influenciar, a querer opinar e a intrometar-se na relação de amizade entre duas pessoas, por vezes, movidos pela inveja de querer manchar o sentimento existente entre dois amigos. Cabe, ao verdadeiro amigo, mostrar que não se deixa enredar por terceiros, movidos sabe-se lá, por  sentimentos pouco dignificantes e pretendendo destruir uma relação de amizade entre duas pessoas.
Ser amigo verdadeiro não é fácil, mas é um agradável desafio de recompensas imensoráveis.
Desta forma termino, que o encontro com o amigo, interrompe a trama compacta e aviltante da vida quotidiana. É um momento de paz e de serenidade olímpica, acima das intrigas e dos complôs. Todos os empreendimentos necessitam da centelha da vida, têm fome de vida e a pessoa humana não é excepção. Os amigos são-nos indispensáveis para alcançar esta força vital, isto é, esta centelha de vida.