terça-feira, 15 de novembro de 2011

Amizade.

Muito se tem falado e escrito sobre a temática, da Amizade.
Para, Francesco Alberoni, o amigo é, por definição, aquele que não se comporta de modo mesquinho para connosco. Um amigo nunca dirá mal de nós nem permiterá que outros o façam, nem participará em reuniões em que outros digam mal de nós.
Na amizade não há lugar para a superioridade e para o poder, nem para o mísero poder quotidiano, nem mesmo para a  mais pequena maldade. Os amigos são magnânimos um para o outro. Institivamente expulsam tudo aquilo que possa perturbar esta grandeza. O encontro com o amigo, portanto, interrompe a trama compacta e aviltante da vida quotidiana. É um momento de paz e de serenidade olímpica, acima das intrigas e dos complôs.
Um amigo vê aquilo que somos e ajuda-nos a sermos nós próprios. Os outros ficam indiferentes. Têm coração frio e, por isso, não vêem nunca o que somos na realidade. Aquilo que dá à amizade o seu caráter desinteressado e sublime é o facto de que o amigo reconhece e dá valor até às nossas virtudes que não servem para nada.
Quais são os inimigos da amizade?
A inveja, a ambivalência, a mentira, o poder, o egoísmo, a assunção por parte de um a mania de superioridade em relação ao outro, o ciúme,  a intriga e a maldicência. Mas não são únicos. Na vida de todos os dias são também verdadeiros inimigos da amizade as grandes estruturas sociais baseadas no interesse.
Haverá espaço numa relação de amizade para magoar o amigo?
Neste contexto, deverá ser analisada a seguintes questões. O que levou um amigo a magoar o outro? Terá sido intencional? Ou apenas, uma palavra ou frase inreflectida e por consequentemente não sentida?
Se foi intencional deverá ter sido, sempre numa perspectiva construtiva, ou seja, para cimentar ainda mais a relação de amizade. Se foi uma palavra ou frase inreflectida ou infeliz, que se dê a oportunidade à pessoa de se esclarecer e justificar.  Pois, quem não têm maus dias ou momentos infelizes na forma de se expressar que atire a primeira pedra.
Não obstante, o que não se pode permitir é que no ato de magoar o amigo, teve como causa ou origem a intriga, as opiniões e julgamentos de terceiros a influenciar, a querer opinar e a intrometar-se na relação de amizade entre duas pessoas, por vezes, movidos pela inveja de querer manchar o sentimento existente entre dois amigos. Cabe, ao verdadeiro amigo, mostrar que não se deixa enredar por terceiros, movidos sabe-se lá, por  sentimentos pouco dignificantes e pretendendo destruir uma relação de amizade entre duas pessoas.
Ser amigo verdadeiro não é fácil, mas é um agradável desafio de recompensas imensoráveis.
Desta forma termino, que o encontro com o amigo, interrompe a trama compacta e aviltante da vida quotidiana. É um momento de paz e de serenidade olímpica, acima das intrigas e dos complôs. Todos os empreendimentos necessitam da centelha da vida, têm fome de vida e a pessoa humana não é excepção. Os amigos são-nos indispensáveis para alcançar esta força vital, isto é, esta centelha de vida.

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