domingo, 28 de janeiro de 2018

Silêncio do "Boi Mudo"

                                                              São Tomás de Aquino
                                                                       
" Mas eu não tenho vergonha de dizer que a minha razão é alimentada pelos meus sentidos; que devo muito do que penso ao que vejo, cheiro, provo e palpo; e que, para olhar as coisas de um ponto de vista racional, me sinto obrigado a considerar real esta realidade.(...) não creio que Deus quisesse que o homem exercesse unicamente essa espécie peculiar, elevada e abstracta de intelecto que tendes a fortuna de possuir; mas creio que há um campo intermédio de factos que são apresentados pelos sentidos, como matéria para a razão; e que nesse campo esta tem o direito de governar, como representante de Deus dentro do homem."
                                                                           S. T. Aquino


Nesta dualidade, alma versus razão ou razão versus paixão,  muitos autores escreveram tratados, ao longo da história da humanidade. Uns defendem que a paixão se deve subordinar à razão. Outros pelo contrário defendem que alma é o centro de tudo.
E nós o que pensamos acerca desta temática?
Toda a matéria é constituída por partículas ou substâncias simples. As substâncias simples fazem parte das substâncias compostas. Substâncias simples e compostas coexistem e circulam por a Natureza, entre o Céu e a Terra..
Na verdade, somos todos complexidade e unidade. Se somos todos unidade, e se tudo é uno, então:paixão e razão são a mesma coisa. A paixão vem da razão sendo uma faculdade da razão. Também a razão é paixão.
Afinal aquela centelha divina que habita em nós também é razão e paixão.
Assim, esta unidade e complexidade, também se expressa na nossa relação pessoal com o ambiente à nossa volta. Se somos todos unidade, esta unidade está presente em diversas substâncias, gerando compostos diversos que assentam na unidade. Por essa razão a nossa relação pessoal com o ambiente assenta também nesta unidade. É pois, esta unidade, que o representante de Deus dentro do homem,  nos remete para a obrigação a cuidar das relações, entre o ser humano e o ambiente natural.
Assim se exerce a amizade, cumprimentando os amigos.

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